terça-feira, 24 de setembro de 2013

Café Colonial Mineiro, uma herança da hospitalidade mineira no século XVIII...

....Montei a cavalo às 12h40', mas parei em casa de Paula Castro que me estava esperando na mina que aliás nunca eu disse que visitaria. Havia mesa posta , porém só bebi café com bolinhos mineiros....pág 104 do Anuário do Museu Imperial, vol. XVIII-Petrópolis-1957.
.....Ontem li St. Hilaire, e tive de concordar com ele, magnífico aquele o pão de farinha de trigo com nacos de melhor doce de goiaba....pág 93 do Anuário do Museu Imperial, vol. XVIII-Petrópolis-1957.
Estas são as únicas duas referências à comida de Minas Gerais feitas na viagem de D. Pedro II e sua esposa a Imperatriz D. Tereza Cristina à Província de Minas Gerais no ano de 1881.
Em todo diário de viagem, fica claro que conhecer a comida da província de Minas Gerais, não era a intenção da visita. O interesse  do Imperador se concentrava na mineração, na política, nas riquezas naturais e geográficas, e, na defesa da monarquia já um pouco abalada. Durante a viagem ele faz um relato minucioso e diário, mas as refeições ele descreve simplesmente como: Almoço, jantar, ceia e café, não se sabe pelo diário se ele gostava ou não do que comia nestas refeições, bem como é impossível obter  qualquer informação sobre o que, e como, era servido.
No entanto, estes dois comentários acima deixam claro a surpresa do casal com as quitandas mineiras, em particular pela Rosca da Rainha e os  Bolinhos de Chuva. Outra informação importante que fica clara no relato;  É a hospitalidade com que eram  recebidos, que muitas vezes ao chegar sem aviso, encontrava uma mesa de café que ficava sempre posta.
Á noite a ceia era sempre o chá de ervas frescas. Tendo em muitas passagens relatado suas propriedades curativas.
Foi por estas informações que lançei na Serra da Piedade o Café Colonial Mineiro, com receitas testadas e pesquisadas durante mais de um ano.
 Embora o Imperador não a tenha visitado a Serra da Piedade faz sobre ela várias observações em seu diário. Escrevendo estes dois textos acima, quando se encontrava de suas imediações.

Vista do Santuário da Piedade a 1746m de altitude.

O trio goiabada, queijo minas e doce de leite, nunca podem faltar

Biscoitos, rocambole de doce de leite e Rosca da Rainha

Bombocado de mandioca



Como na época na época a Serra servia como ponto de expiação de pecados, nada era produzido lá , todos os alimentos, chegavam trazidos pelos romeiros, e, vinham de seu em torno ou, eram fornecidos pelos caminhos em balaios, pelas Ir. da Piedade famosas quitandeiras do Asilo São Luís.

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